INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

Segundo Jaron Lanier, designer de aplicativos, experenciamos a tendência de estarmos rebaixando os padrões e expectativas do significado real de “inteligência”. Assim como num editor de texto, como a Microsoft Word, onde ele se antecipa corrigindo um recuo de parágrafo– quase sempre - equivocado, considerar manifestação de “inteligência” aplicativos que se adéquam às nossas necessidades e preferências já é uma ação perigosa de rebaixar o significado da palavra. O que também potencializa o declínio intelectual é o campo virtual exercício diário de tratar máquinas e aplicativos como formas de inteligência reais, tornando as pessoas mais flexíveis em relação ao senso de realidade.
O resultado geraria uma inteligência que não mais procura compreender a realidade, entender o outro ou se abrir a alteridade. Para esse conceito digital de inteligência, nada existiria fora de nós, a não ser as nossas próprias experiências interiores e pessoais. É o que a Filosofia define como solipsismo.

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