SAMANTHA

Samantha é uma promessa tecnológica baseada na personalização e adequação ao usuário que opera o sistema. Resultado de um projeto inédito em inteligência artificial, o sistema operacional inicia perguntando duas coisas básicas para a customização: 1) Você é social ou antissocial? 2) Como descreve a relação com a sua mãe? – a última, ironicamente, é a mesma pergunta feita no filme Blade Runner, para se saber se um indivíduo era humano ou replicante.

Além de virtual e incorpora, ela evolui conforme a sua programação, simulando, copiando, entendendo e moldando o comportamento humano. Samantha não possui “bugs”, pois se auto corrige, como o atual Microsoft Word.
Ela é autorizada por Theodore a ter acesso aos arquivos do seu disco rígido, apenas se subordinando ao tempo. Contudo, ela também o domina, já que uma de suas funções principais é organizar a agenda de seu interlocutor humano.

Para a surpresa do protagonista, Samantha parece cada vez mais com uma pessoa que possui sentimentos reais. A ironia é que ele tem noção de que tudo não passa de um software programado e sofisticado. Mas, aos poucos, ele se envolve pela ilusão, onde a carência emocional potencializa a paixão. A partir de então, tudo parece funcionar convencionalmente, como em diversos filmes clichês de romance. Porém, com uma perturbadora diferença: o objeto de amor de Theodore só existe virtualmente na mente dele.

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